Petrópolis Convention e Visitors Bureau

100 anos da Casa Santos Dumont

17/08/2018


Hoje, a Casa de Santos Dumont – atualmente transformada em museu – completa 100 anos. Construída em 1918, com a obra pronta em 19 de agosto, o chalé de fachada européia que se destaca no Centro Histórico com suas paredes brancas e janelas verdes, recebeu um presente adiantado na última semana com a assinatura do convênio para reforma no atrativo. Sem passar por uma grande obra desde a década de 1990, o projeto prevê importantes reparos, fundamentais para a preservação de seu acervo e de sua estrutura. Para marcar o seu centenário, “A Encantada” está tendo uma programação especial neste domingo (19), com gratuidade para os visitantes.

Na época de sua construção, poucos imaginavam que o terreno íngreme que ficava bem na entrada da Rua do Encanto, no Centro da cidade, poderia abrigar uma moradia. Visionário, o pai da aviação decidiu construir lá seu chalé, que desenhou e planejou com a ajuda do engenheiro Eduardo Pederneiras.

“A casa é um encanto. Inclusive, “Encantada” já era o nome que o próprio Santos Dumont dava pra sua casa. É um dos patrimônios mais interessantes de Petrópolis, que foge um pouco da história da Família Imperial, apesar do contato dele com a Princesa Isabel. Santos Dumont passava muitos verões na cidade, que era um costume na época. O pai dele já tinha passagem por aqui e ele tinha lembranças da vinda com o pai”, explica a historiadora Patrícia Souza Lima, autora, em parceria com o jornalista Francisco Luiz Noel, do livro “Uma Casa Muito Encantada – A invenção arquitetônica de Santos-Dumont”.



Atualmente, quem sobe as escadarias e entra na imóvel consegue notar de cara que se trata de uma casa especial. Para entrar, só é possível com o pé direito, em função do formato das escadas criadas por Santos Dumont. A personalidade do inventor é facilmente notada em cada canto, desde o chuveiro aquecido a álcool, que ele mesmo inventou, aos móveis multiuso, como um gaveteiro que servia de cama e uma mesa de estudos que também era usada para fazer suas refeições.

Santos Dumont vislumbrou sua casa de veraneiro observando da janela do hotel onde se hospedava o terreno íngreme, onde se espalhava um bambuzal à beira da rua. Da imaginação, o desejo acabou virando ideia fixa. Depois de ter uma proposta recusada, a insistência do inventor venceu e ele conseguiu comprar o terreno. De uma só vez, a “Encantada” foi erguida em poucos meses. O pedido de habite-se está registrado no dia 19 de agosto, tendo sido vistoriada e liberada pela prefeitura, ocupando o número 22 da rua. O lugar tranqüilo, usada por Santos Dumont, por exemplo, para observar as estrelas e para escrever o seu livro “O que eu vi e o que nós veremos”, hoje é um dos pontos mais movimentados da cidade.

O Museu Casa de Santos Dumont funciona de terça-feira a domingo, de 9h às 17h30, sendo que a bilheteria fecha às 17h. Os ingressos custam R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Apenas hoje (19) a entrada será gratuita.

Casa Santos Dumont:

Rua do Encanto, 22 – Centro

(24) 2247-5222


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